Valéria desligou o telefone com as mãos trêmulas. As palavras de Gustavo ecoavam em sua mente, ameaçando desmoronar tudo o que ela havia construído.
Se fosse apenas o estúdio, talvez pudesse resistir, mas agora seu pai estava envolvido. Isso mudava tudo.
Sentada na beira da cama, encarava o vazio. Pedir ajuda a Felipe não era uma opção. Desde o início, a relação entre eles fora clara: casual, sem amarras ou envolvimento emocional.
Felipe não estava ali para resgatá-la, e Valéria não queria se expor dessa forma. Ela estava sozinha.
O estúdio já estava por um fio, e agora seu pai estava preso, acusado de um crime que ela mal conseguia compreender.
Sem os recursos ou contatos certos, sentia-se incapaz de lidar com uma crise tão grande.
A cada minuto, o peso da situação sufocava mais. Gustavo havia planejado tudo. Sempre manipulador, ele usava a situação para forçá-la a voltar.
Ceder a Gustavo parecia uma traição a si mesma, mas não via outra saída.
Ela encarou o nome dele no t