O bipe ritmado do monitor marcava a única música possível naquela madrugada. Dominic estava sentado à beira do leito, os dedos entrelaçados aos de Isabella com um cuidado quase religioso. A luz fria da UTI criava sombras azuis sobre a pele pálida dela. Havia um cheiro de antisséptico, metal e silêncio.
— Fica comigo, Bella — ele sussurrou, encostando a testa na mão gelada dela. — Eu estou aqui. Eu não vou a lugar nenhum.
A porta abriu devagar, revelando Donavan e, logo atrás, Sofia. O olhar dela era um furacão contido: dor, medo e uma raiva que tremia no canto da boca.
— Ela está estável por enquanto — Donavan disse em voz baixa, como se temesse acordá-la. — Os médicos pediram para aguardarmos… vão fazer nova avaliação.
Sofia deu um passo à frente, os olhos grudados no rosto de Dominic.
— Estável por enquanto não significa segura — ela disse, o fio de voz tenso. — A minha irmã está aqui por causa de você.
Dominic não desviou o olhar de Isabella. Respirou fundo, tragando seco a culpa q