Mundo de ficçãoIniciar sessãoAssenti, tentando absorver tudo. Uma pausa: era o que eu mais precisava ouvir e ao mesmo tempo o que mais me assustava. Porque respirar, depois de tanto tempo em apneia, poderia ser bem difícil.
Se o doutor achava que Jimi estava pronto para voltar para casa alguns dias, eu não contestaria. Era difícil saber onde era “casa” depois de tanto tempo ali, entre aquela correria, aqueles aparelhos, os bipes constantes...
Mais tarde, enquanto eu dobrava as roupas na mala e separava as medicações em potes identificados, ouvi a voz atrás de mim:
— Prontos para casa?
Era Flávia. Estava com um vestido mais simples que o habitual, mas tinha no rosto o mesmo sorriso acolhedor de sempre. Me deu um abraço forte.
— Quase. Só preciso terminar de organizar os remédios dele. — Expliquei.
Flávia se inclinou, pousando uma das mãos no meu ombro:







