E se ele não lembrasse de mim? E se aquela camiseta do Jimi Hendrix não tivesse significado algum para ele? E se, mesmo que lembrasse de mim, ainda assim me expulsasse dali? E se... não acreditasse que aquele ultrassom que eu trazia no bolso era o do seu filho? E se o Oleg aparecesse?
Parei diante da porta com o nome dele e o homem me disse, de forma precisa:
— Você tem 5 minutos.
Dizendo aquilo ele saiu. Olhei no relógio. Para mim aquele tempo bastava... se eu conseguisse ao menos respirar, já que o ar dali parecia insuficiente. Aquela porta separava o meu mundo simples e difícil do universo distorcido de Fred Hunt. Com a mão trêmula, toquei a maçaneta, temendo desmaiar por tudo que meu corpo reproduzia naquele momento: calafrios, tremores, enjoos...
— Quem é você? – ouvi a voz alta e firme e meus olhos encontraram os de Oleg Chausson.
Enquanto ele andava na minha direção, com seu terno caro e impecável, senti-me acuada. E não tive coragem de gira