Recusei, elevando a mão em negativa:

— Dinheiro não paga o que perdi. E não compra o que ainda posso perder. Só quero os meus dias trabalhados e o que é meu por direito. Nada mais.

A respiração dela acelerou:

— Então… ao menos saiba: ninguém soube publicamente do seu nome na noite do jantar — completou, firme. — Eu fiz questão de proteger isso, mesmo quando cheguei a acreditar que você pudesse ter sido culpada. Em todas as notas, em todas as conversas com a imprensa, sua identidade não foi mencionada.

Agradeci com um aceno de cabeça. O simples fato de o meu nome não estar numa nota na internet já era uma esperança de não sofrer retaliações futuramente.

— Se mudar de ideia — ela disse, por fim — eu vou estar aqui.

— Eu sei — Sorri e saí, sem olha