Elas saíram e me deixaram ali, vestida para o evento o qual eu nunca participaria. Não sei quanto tempo fiquei imóvel, sem pensar em nada, apenas sentindo o peso da rejeição e da solidão, não sabendo qual doía mais.
Até que meu telefone tocou. Era da casa de Simone.
— Alô.
— Oi, querida. Creio que devido à luxação do seu pé, não pôde ir à formatura de Rarlat.
— Olá, dona Cláudia! – limpei a lágrima solitária que desceu pela minha bochecha – Eu... eu... – não consegui dizer a verdade.
— Estou ligando porque fiz comida demais. Então tenho um prato sobrando com uma macarronada daquelas que você adora.
— Aquela que a senhora nunca quis me dar a receita? – ri, sentindo o coração aquecer um pouquinho.
— Ah