Mundo ficciónIniciar sesiónVoltei para o quarto com aquele aperto no peito por me afastar dele, mesmo sabendo que ele nem tinha me visto. Nos últimos tempos nos víamos diariamente, mesmo que através do vidro, mesmo que por alguns poucos minutos. E eu sentia saudade quando ele não estava por perto. Nosso filho também sentia saudade dele. E seguia fazendo planos para quando saíssemos dali.
Os dias seguintes passaram diferentes. Pareciam mais leves, como há muito não aconteciam. Os exames começaram a mostrar respostas positivas. E, lentamente, com a cautela cruel que a medicina exigia, o corpo de Jimi começou a aceitar a medula. Cada número que subia parecia um milagre. E comemorávamos cada exame.
Até que veio a frase que eu tanto esperei e ao mesmo tempo temi desde o início:
— Estamos nos preparando para a alta.
Eu sentei... chorei... e ri, tudo ao mesmo tempo, de forma desordenada







