O céu ainda estava pintado em tons de azul escuro quando Olivia acordou com o toque suave dos dedos de Salvatore deslizando por sua bochecha. O quarto estava silencioso, exceto pelo leve farfalhar do vento do lado de fora. Ela piscou lentamente, os olhos ainda pesados de sono, até que o viu completamente vestido com o uniforme de combate.
Ela se ergueu num sobressalto, sentindo o coração apertar no peito.
— Já vai...? — sussurrou, a voz embargada.
Salvatore assentiu com um movimento lento da cabeça. Seus olhos, normalmente frios no campo de batalha, estavam agora cobertos por uma névoa de sentimentos contidos.
— Está na hora — disse, com a voz grave, mas serena.
Olivia desceu da cama às pressas, vestindo o robe de seda por cima da camisola. Ela se aproximou dele e pousou as mãos sobre o peito firme, sentindo as batidas ritmadas sob o tecido grosso.
— Ainda dá tempo de dizer que não... — ela sussurrou, mesmo sabendo que não adiantaria.
Salvatore segurou as mãos dela com cuidado,