O general passou a mão pelo rosto, exalando lentamente, como se aquele gesto pudesse dissipar o turbilhão de sentimentos que crescia dentro dele. Olivia permanecia de pé diante dele, determinada, com o queixo erguido e os olhos brilhando com aquela teimosia que ele conhecia bem — a mesma que ela herdara da mãe.
— Se eu permitir isso — disse ele, por fim —, você vai seguir ordens. Vai com uma escolta, com um agente de confiança. Nada de agir por conta própria, entendeu?
— Eu só quero respostas. E quero vê-lo. — respondeu Olivia, a voz mais baixa, mas firme. — Só isso.
O general assentiu lentamente, resignado.
— Eu vou providenciar tudo. Você parte amanhã cedo.
Olivia sentiu o coração bater mais forte. Era real. Ela ia vê-lo de novo. Mesmo que fosse só para ouvir da boca dele aquilo que ela já sentia — que ele a estava afastando por medo, não por indiferença.
Ao sair da sala do pai, Olivia se dirigiu direto para seu quarto. O telefone ainda estava sobre a cama, onde ela o havia de