O relógio avançava devagar, mas o ambiente ao redor já carregava outra energia. Os exames que o médico havia feito mais cedo mostravam sinais claros de melhora. A atividade cerebral de Salvatore aumentava gradativamente, o corpo começava a reagir, ainda que lentamente.
Olivia não arredou o pé do quarto.
Sentada ao lado dele, os dedos entrelaçados aos dele, ela observava o rosto dele com tanta saudade, com tanto amor, que era como se estivesse gravando cada traço de novo.
Horas haviam passado desde aquele primeiro movimento sutil. A tarde já se transformava em noite, e ela continuava ali, firme, falando com ele, contando as novidades, dizendo o quanto o amava.
De repente… sentiu.
Aquela mesma mão que antes parecia tão fraca apertou a dela, dessa vez com mais firmeza, ainda trêmula, mas indiscutível.
O coração dela disparou, os olhos se arregalaram.
— Salvatore? — sussurrou, inclinando-se mais perto.
E então, o que ela mais esperava aconteceu: as pálpebras dele se moveram, devag