O sol já estava alto quando Isadora voltou para casa. As ruas ferviam de movimento, mas dentro dela o silêncio pesava.
Fechou a porta devagar, encostando as costas nela, sentindo o coração ainda acelerado pelo que acabara de ouvir de Laura.
Rafael.
Apenas o nome dele pulsava em sua mente.
Deixou a bolsa sobre o sofá e se sentou, tentando assimilar tudo. As mãos ainda tremiam. Por fim, respirou fundo, enxugou as lágrimas e olhou ao redor. Precisava se organizar, pensar rápido.
Foi até o quarto, abriu o armário e começou a separar as poucas roupas que levaria consigo. Guardou-as discretamente na mala menor, escondendo-a depois sob a cama.
Pegou o celular e mandou uma mensagem curta para Laura:
> “Consegui o bilhete. Voo amanhã de manhã.”
Minutos depois, o celular vibrou com a resposta:
> “Graças a Deus! Te busco no aeroporto. Se cuida, Isa.”
Isadora sentiu o peito apertar. Sabia que aquele retorno mudaria tudo.
Durante o resto do dia, tentou agir normalmente. Lavou algumas roupas, organ