A manhã seguinte chegou carregada de uma estranha quietude. Do lado de fora da cobertura, o céu estava encoberto, anunciando uma tempestade que parecia querer se formar não apenas no horizonte, mas também na vida de Rafael.
Ele acordou antes de Isadora, vestiu-se com discrição e desceu para a cozinha. Enquanto tomava o café, revisava mentalmente os pontos discutidos no encontro com o investigador. A imagem daquela mulher na câmera de Buenos Aires ainda queimava em sua mente.
Pouco depois, Isadora apareceu com os cabelos ainda úmidos do banho, usando um vestido leve que deixava à mostra os ombros.
— Já vai sair? — perguntou, servindo-se de um café.
— Tenho reunião cedo. Só com alguns diretores de confiança. Nada que vá se prolongar. — Ele evitou entrar em detalhes.
— E depois?
— Depois, venho te buscar. Quero que almoce comigo e quero ti levar pra minha mãe conhecer. — Rafael aproximou-se, beijou-lhe a testa e saiu, deixando um perfume amadeirado no ar.
— Será que ela vai gostar de mim