A luz suave da manhã filtrava-se pelas cortinas abertas da cobertura, banhando o quarto em tons dourados. Isadora abriu os olhos lentamente, sentindo o calor do corpo de Rafael ao seu lado. Ele estava acordado, apoiado no cotovelo, observando-a com um meio sorriso.
— Bom dia, dorminhoca — ele disse, passando os dedos pelos fios soltos do cabelo dela.
— Bom dia… — respondeu sonolenta, devolvendo o sorriso. — Você já está acordado há muito tempo?
— Tempo suficiente para pensar em mil coisas. — Ele desviou o olhar por um instante, como se estivesse processando algo.
Ela notou a expressão concentrada.
— Está preocupado?
— Apenas com trabalho. — Ele beijou sua testa, tentando dissipar o peso que sentia. — Mas nada que vá estragar nossa manhã.
Eles tomaram café juntos, sentados na varanda, Paris ainda ecoando na memória, mesmo com o retorno ao Brasil. Rafael, no entanto, parecia mentalmente em outro lugar, e Isadora percebeu. Ele terminou o café, levantou-se e disse:
— Preciso resolver algo