Isadora tentou se soltar do abraço, a tensão ainda forte entre eles. Rafael, porém, segurou-a com firmeza, mas sem violência.

— Por favor, meu amor... me escuta — pediu, a voz rouca de emoção.

Ela parou, sem coragem de olhar para ele, o corpo ainda rígido de mágoa e incertezas. Então, ele a puxou delicadamente, fazendo-a ficar de frente para ele. Com as mãos firmes, mas carinhosas, segurou seu rosto.

— Isa... meu amor, me perdoa, por favor. — Ele respirou fundo, como se tentasse tirar dali um peso imenso. — Eu não tive essa intenção. O que eu falei no escritório... não foi naquele sentido que eu quis dizer.

Ela tentou se afastar, querendo fugir daquele momento, daquela conversa. Mas ele a abraçou com força, como se precisasse mais dela do que qualquer outra coisa.

— Isa, me perdoa, por favor... Tudo isso é novo pra mim. — Rafael fechou os olhos, uma sombra de dor cruzando seu rosto ao lembrar de alguém que não estava mais ali. — Eu perdi alguém com quem compartilhei minha vida inteira.