Capítulo 67

Margarida

Dias depois

Ansiedade era uma palavra muito pequena para o turbilhão que me consumia por dentro.

Estávamos sentados na sala de espera da clínica, cercados por paredes brancas demais, silêncio demais, e a incerteza que parecia gritar dentro de mim. O ar estava pesado, como se cada respiração precisasse ser conquistada. Eu aguardava ser chamada para o exame que nos diria se nosso bebê estava bem. E, talvez, se eu também estava.

— Emma perguntou de novo se já sabemos o sexo do bebê — comentou Ronaldo, sorrindo, tentando aliviar a tensão.

Baixei os olhos e me perdi na imagem das nossas mãos entrelaçadas, encaixadas como se tivessem nascido assim. Era um gesto simples, mas ancorava meu mundo inteiro.

— Acho que ela está mais ansiosa que a gente — murmurei, retribuindo o sorriso.

Emma não falava de outra coisa. Passava os dias inventando nomes, dizendo que queria ensinar o bebê a andar, a comer, a brincar. Dizia que ele ou ela seria seu melhor amigo. Era impossível
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