Ronaldo
— É uma menina, papai? — Emma perguntou pela segunda vez desde que chegou da escola, os olhos brilhando de expectativa.
— Ainda não sabemos, querida. Mas você vai ser a primeira a saber quando descobrirmos — repeti, sorrindo com ternura.
Ela estava sentada na cama, enrolada na toalha, recém-saída do banho, e eu procurava o pijama que ela queria vestir naquela noite.
Margarida estava demorando a chegar. O jantar já estava pronto, e eu começava a considerar se devia ou não ligar para ela.
— Mas e se for um menino? — perguntei, curioso, testando seus sentimentos sobre isso.
— O senhor pode devolver pra cegonha e pedir uma menina. — disse com a mais pura inocência, como se fosse a coisa mais simples do mundo.
— Não é bem assim que funciona — segurei o riso. — Mas se for um menino, você vai poder brincar de outras coisas também. E vai continuar sendo a única princesa da casa, isso nunca vai mudar.
— Tudo bem… mas eu ainda prefiro uma irmãzinha. — rebateu, firme em