Margarida
— Você tem certeza de que está bem? — Ronaldo perguntou pela quinta vez em menos de dez minutos.
Acordei um pouco nauseada hoje. Talvez o nervosismo do dia anterior tenha mexido comigo. Odeio ficar doente — mesmo que seja só um mal-estar leve, já me deixa impaciente.
Logo que despertei, sentei-me na cama com a cabeça inclinada para trás, tentando respirar fundo. Quando Ronaldo acordou e me viu assim, nem me deu tempo de dizer nada: já mandou trazer remédio antes mesmo de perguntar como eu estava.
— Eu estou bem, prometo. — garanti. — O remédio já fez efeito.
— Ótimo. Cancelei todos os compromissos do dia. Vou ficar com você. — afirmou, sem vacilar.
— Não há necessidade disso. — toquei suavemente em sua mão. — Eu estou mesmo melhor.
— Sem discussões. — disse com firmeza. — Já tomei minha decisão.
— Tudo bem... obrigada. — sorri, sincera.
Emma estava indo bem na escola. Agora até gostava de ir. Acordava animada, se vestia correndo e saía apressada todos os di