84. Refúgio e Proteção
Acordei com a luz suave da manhã atravessando a cortina do quarto de Kairos. Senti o calor da noite anterior e, por um instante, deixei-me levar pelas lembranças de como ele me segurava, como seu corpo era firme e ao mesmo tempo doce comigo. Um arrepio percorreu minha espinha, e eu me estiquei, ainda sentindo o toque dele na minha pele, o cheiro que permanecia impregnado, a sensação de segurança que apenas ele conseguia me transmitir.
Levantei-me devagar, envolvendo-me no roupão que estava sobre a cadeira, e fui até a sala. Ele estava lá, sentado no sofá, concentrado em um tablet, analisando relatórios com a expressão séria e determinada que eu já conhecia tão bem. Ao me ver, Kairos levantou o olhar e sorriu, um sorriso que suavizou imediatamente qualquer tensão que eu sentia.
— Bom dia — disse ele, a voz firme, mas com uma ternura que parecia me abraçar.
— Bom dia — respondi, tentando disfarçar a ansiedade que ainda persistia pelo assunto de Victoria— Dormiu bem?
Ele se aproximou