Senti o toque dos dedos dele subindo pelas minhas costas, o calor da pele dele se misturando ao meu. O mundo lá fora podia estar desabando, a imprensa podia estar inventando mil mentiras, mas ali, naquele instante, só existia ele.

Kairos encostou os lábios nos meus, de leve, como quem pede permissão. Retribuí o beijo, e o que começou suave logo se tornou intenso. A respiração dele se misturava à minha, e cada movimento era uma confissão silenciosa de tudo que sentíamos.

Quando ele se afastou, por um momento, seus olhos estavam diferentes — mais escuros, mais intensos.

— Está cansado?— Perguntei.

Senti o corpo inteiro reagir. Ele se afastou apenas o suficiente para me observar, com aquele olhar provocante que parecia me despir por dentro.

— Está me provocando, Mia? — perguntou, com um sorriso enviesado.

— Eu? — retruquei, tentando disfarçar a voz trêmula. — Nunca faria isso.

— Será que não ? — respondeu, aproximando-se mais uma vez.

O beijo voltou, mais urgente. Ele me