79. Almoçando em Família
Bom, apesar da noite agitada, Kairos e eu havíamos planejado dormir na mansão, já que no dia seguinte teria um almoço só para a família e assim fizemos.
A noite toda a lembrança da voz de Victória ecoava na minha cabeça, os olhares chocados, o coração acelerado… e depois o escuro. O desmaio. A confusão. A dor no peito. Tudo ainda me parecia um sonho distorcido, mas infelizmente era real. A noite foi langa e cansativa para mim.
Pela manhã rolei na cama e vi o lado onde Kairos dormia vazio. O travesseiro ainda guardava o perfume familiar — aquela mistura amadeirada com algo quente e inconfundivelmente dele. Suspirei e me levantei.
Caminhei até a varanda e empurrei levemente a cortina. Lá fora, os jardins da mansão brilhavam sob a luz da manhã. As rosas estavam abertas, os arbustos perfeitamente podados, e o lago refletia um céu límpido demais para o caos que habitava dentro de mim.
O silêncio foi interrompido por vozes vindas do andar de baixo. Eu reconheceria o tom de Kairos em qua