7. Arrogantemente você
— Talvez você tenha razão — murmurei, tentando controlar a firmeza da minha voz. — Mas não custa absolutamente nada descobrir.
Ele se inclinou levemente para frente, e eu percebi o quanto estávamos próximos. Perto demais. A tensão percorria meu corpo, deixando minhas mãos inquietas, meu coração acelerado, meu pensamento em desordem. Eu precisava dizer alguma coisa, qualquer coisa que cortasse aquela linha invisível que parecia nos puxar um para o outro.
Seu sorriso surgiu novamente no canto da boca, lento, quase preguiçoso, como se estivesse satisfeito com a minha resposta, mas ainda mais com o efeito que eu não conseguia esconder.
— Eu gosto disso. — Seus olhos brilharam de maneira intensa, quase perigosa. — Talvez você seja mais determinada do que eu achei.
Meu corpo queimava a cada frase dele. Seus olhos estavam fixos na minha boca, como se não houvesse nada mais digno de atenção no mundo. Foi quando me afastei disfarçadamente, fingindo buscar alguma coisa ao meu lado, mas no