44. Um presente misterioso?
O carro deslizou suavemente pelas ruas de Nova Iorque, cada semáforo parecia prolongar a expectativa, cada curva fazia meu coração acelerar um pouco mais. Ao meu lado, Kairos dirigia com aquela calma habitual, os olhos fixos à frente, mas de vez em quando lançando um olhar rápido em minha direção, avaliando minhas reações. O silêncio entre nós não era desconfortável; era cúmplice, carregado de tudo o que havíamos vivido no iate, dos olhares, dos toques e do brilho de cada momento compartilhado.
Eu tentava absorver a intensidade do dia, e cada instante parecia mais vívido agora, refletido nos meus pensamentos em loop. As roupas que ele me ajudou a escolher, o toque de sua mão, a sensação da seda do vestido vermelho, o brinde no convés… Tudo parecia se fundir em uma lembrança perfeita, quase inacreditável. Senti uma mistura de incredulidade e gratidão por tudo o que ele havia feito, por cada gesto calculado que me fazia sentir especial sem precisar dizer uma palavra.
Quando chegamos e