Capítulo 9
Os três repreendidos abaixaram a cabeça em silêncio.

Não consegui conter uma risada — se tem alguém com a língua afiada, é a Lúcia. Cada frase dela parece mergulhada em veneno.

Ao vê-los chegar, Lúcia bateu a poeira da roupa e se levantou, indo embora.

Minha família então organizou a comida diante da lápide e começou a conversar comigo.

Mamãe já havia chorado tanto que mal enxergava.

Meus pais estavam curvados, andavam trêmulos como idosos.

E Davi, antes tão jovem e cheio de vigor, agora ostentava cabelos grisalhos, o rosto cheio de marcas do tempo, sem nenhum traço daquele charme que um dia me encantou.

Enquanto falavam, minha mãe voltou a chorar.

Tiveram que consolá-la e ajudá-la a ir embora.

Diante da minha lápide, espalharam vários tipos de doces, vestidos bonitos, fotos minhas editadas como se estivesse viajando à praia,

e aquela aliança, cuidadosamente colocada ao centro.

Acontece que meus pais sabiam, sim, do que eu gostava, sabiam muito bem o que eu mais desejava na infância.

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