Capítulo 7
Lara foi algemada diante de todos, enquanto os vizinhos cochichavam, curiosos com o escândalo.

Meus pais choravam sem forças, batendo no peito de desespero, encarando a filha que, por puro egoísmo, não hesitou em matar a própria irmã.

Eles simplesmente não sabiam o que dizer.

Desde pequena, Lara sempre fora a mais doce, a mais querida.

Em que momento ela se transformou nessa víbora cruel?

— Papai, mamãe! Por favor, me salvem!

— Procurem logo um advogado, façam uma carta de perdão! Minha irmã já morreu, agora só restou eu!

De repente, ela caiu de joelhos, trêmula, e uma mancha molhada se espalhou sob a saia.

No fim das contas, ela também temia a morte. Sabia o quão preciosa era a vida.

Minha mãe cambaleou e se ajoelhou à frente dela, olhou em seus olhos e acariciou suavemente seus cabelos.

Mas logo depois, vieram os tapas — um após o outro — enquanto ela repetia, com a voz quebrada:

— Quem mata, paga com a vida.

A mesma Lara que, instantes antes, se urinara de medo, de repente empurrou
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