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Deixei para Trás o Alfa Mais Desejado

Deixei para Trás o Alfa Mais DesejadoPT

História Curta · Contos Curtos
Cocojam  concluído
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Resumo
Índice

De repente, despertei novamente no meu corpo de vinte e sete anos. Naquela época, eu tinha filhotes gêmeos, e meu companheiro era Ethan, o Alfa mais influente de todo o Noroeste. Como ele sempre liderava os rankings do Conselho dos Lobos, chegou a ser nomeado pela Alfa Semanal como o "Companheiro Ideal Número Um do Continente". Portanto, até a alcateia Real demonstrava interesse em unir sua princesa a ele. Então, para todos da alcateia, eu era considerada uma mulher afortunada. Mas sabe o que eu fiz primeiro? Levei o contrato sagrado de dissolução de vínculo até a antiga amante dele, com minhas próprias mãos. Empurrei o documento diante de Isabella e declarei, com frieza: — Vou pedir à Deusa da Lua que desfaça nosso vínculo. Ethan agora é seu. Os filhotes também. Isabella me olhou, atônita. Era difícil acreditar que eu, Luna por seis anos, estivesse realmente disposta a abandonar tudo. Ainda assim, murmurei com tranquilidade: — Já que todos preferem seu cheiro, deixarei de ser uma pedra no caminho. Tudo se resumia a um último passo: a marca de Alfa de Ethan no contrato. Assim que a cerimônia de rompimento chegasse ao fim, eu partiria deste território. Desta vez, eu não cometeria os mesmos erros. Muito menos… Voltaria a ser a Luna invisível!

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Capítulo 1

Capítulo 1

(Ponto de Vista de Aria)

Os dedos de Isabella traçaram o contorno da xícara enquanto ela franzia a testa.

— Aria, que tipo de truque você está tentando agora?

Encarei o olhar inquieto de Isabella, mantendo a voz firme.

— Nenhum truque. Só... Cansei de tudo isso.

— Aria, você tem ideia de quantas lobas matariam para ser a Luna desta alcateia, para estar ao lado de Ethan? — Retrucou ela, com o tom afiado.

— É claro que sei. — Olhei diretamente para ela, com um sorriso amargo nos lábios. — Por isso, agora o cargo é seu.

Por fim, uma rachadura surgiu na máscara perfeita de Isabella.

E encarou o contrato, testemunhado pela Deusa da Lua, por um longo tempo antes de estender a mão para pegá-lo.

— Muito bem, Aria. Se está sendo tão generosa, eu aceito.

— Mas lembre-se de uma coisa, Aria. Uma vez que algo estiver em minhas mãos, nunca espere que eu vá abrir mão disso.

"Tão possessiva…"

— Não se preocupe. — Murmurei, soltando uma risada baixa. — Não vou me arrepender.

"Pois eu já estava farta da dor…

Na minha vida passada, o vínculo de companheirismo havia me torturado até a morte."

Enquanto pensava sobre isso, Isabella se levantou, caminhando com elegância até outro assento próximo à janela panorâmica. Logo depois, fechou os olhos de forma graciosa, tocando levemente a têmpora com a ponta dos dedos.

No instante em que a ligação mental se estabeleceu, sua voz soou docemente enjoativa:

'Ethan, querido, estou no Café da Lua. Poderia vir me buscar? A Aria... Tem algo para discutir com você.'

Permaneci sentada no mesmo lugar, com o amargor ainda presente na boca.

Naquela época, em quase todas as vezes que tentei falar com Ethan, ele não me respondia. Quando não ignorava, me bloqueava com uma frieza cortante.

Contudo, apenas alguns minutos depois, o lobo que sempre alegava estar "ocupado com os assuntos da alcateia" apareceu na entrada do café.

Através da janela, vi Ethan se aproximar com passos determinados.

O couro preto sob medida envolvia seu corpo forte de Alfa, realçando os ombros largos e as pernas longas, enquanto ele exalava uma presença poderosa e imponente.

Ao lado, meus gêmeos, Mason e Maya, assim que avistaram Isabella, correram em sua direção como dois lobinhos entusiasmados, aninhando o rosto em seu pescoço com afeto.

— Titia Isabella! — Maya cantarolou, esfregando a cabecinha contra Isabella, que exalava o doce cheiro típico das ômegas.

— O que você quer jantar hoje? — A voz de Ethan soou grave, carregada com uma ternura que ele só demonstrava diante de Isabella. — Caça ou o restaurante da alcateia?

Isabella sorriu de leve e puxou o contrato de dentro da bolsa.

— Antes disso, há um contrato que quero que analise. — Ela virou até a página onde seria necessário o selo do Alfa. — Encontrei uma nova vila que me agrada, mas ela exige a aprovação oficial de um Alfa...

Ethan estendeu a mão, pegou o papel e, sem se dar ao trabalho de ler uma única linha, perfurou o dedo e deixou sua assinatura de Alfa, traçada com sangue.

— Com tudo o que passamos, ainda precisa de tanta formalidade?

— A titia Isabella vai ter uma casa só dela? — Mason olhou para cima, com os olhos brilhando de animação.

— Papai, compra uma casinha para gente ali perto também! Maya e eu queremos ficar com a titia Isabella. Não queremos passar o dia inteiro... Com a mamãe. — A voz dele vacilou ao me mencionar.

Ethan franziu levemente o cenho, mas, ao ver os olhos ansiosos dos filhotes, assentiu.

— Está bem, vamos comprar outra.

— Ah, não precisa de todo esse incômodo. — Isabella o interrompeu com suavidade, sorrindo. — Reservei um lugar para Mason e Maya... E para você também, na minha mansão. Estarei esperando, caso sintam minha falta.

Seu olhar seguiu, de forma quase imperceptível, na direção de Ethan.

E os filhotes, eufóricos, soltaram guinchos animados, enquanto Maya esfregava o rosto com força na bochecha de Isabella.

— A titia Isabella é a melhor! Mil vezes melhor do que a mamãe!

Era como se uma garra invisível estivesse apertando meu coração com força.

Aquela dor lancinante, causada pelo vínculo de companheirismo, me sufocava.

Não suportei mais assistir àquela cena de "família feliz". Portanto, peguei minha bolsa e saí.

Assim que pisei fora do café, as lembranças da minha vida passada me atingiram como uma maré gélida.

Na minha vida passada, minha união com Ethan foi, acima de tudo, uma aliança política firmada entre duas poderosas alcateias. Embora eu tenha lhe dado filhotes gêmeos, vivi marcada pela dor, tanto pela negligência constante quanto pela ruptura do nosso vínculo de companheirismo. E até o último instante, jamais senti qualquer vestígio de afeto verdadeiro.

Tudo isso porque a paixão de infância de Ethan, Isabella, estava eternamente cravada no coração dele.

Quando Isabella partiu em busca de mais poder, Ethan permaneceu em silêncio por alguns dias.

Ainda assim, fiel ao seu orgulho, nunca se permitiu o rebaixamento de procurá-la. Optou, ao contrário disso, por aceitar o vínculo imposto pela Deusa da Lua.

Durante minha adolescência, Ethan foi tudo o que sonhei: um Alfa de poder comparável ao de um deus da guerra, desejado por todas as lobas do Noroeste, que disputavam, em silêncio, o privilégio de se tornarem sua Luna.

Por isso, quando descobri que a Deusa nos havia unido como companheiros, fiquei eufórica. Mas, após o vínculo, entreguei a ele todo o meu amor, recebendo em troca apenas o afastamento e a frieza constantes.

Até que Isabella retornou…

Embora ele nunca tenha pedido diretamente o rompimento do nosso vínculo, seus olhos e seu cheiro permaneceram voltados para ela o tempo todo.

Mais do que isso, o que me dilacerou foi ver que até Mason e Maya, nossos filhos, começaram a demonstrar preferência por Isabella, afastando-se de mim aos poucos.

No fim, consumida pela dor do vínculo rompido, morri sozinha em uma noite de lua cheia.

Ethan havia me trancado numa casa decadente, nos limites do território, sob o pretexto de que eu "precisava descansar e evitar perturbar a energia da alcateia".

Com isso, na última lua cheia da minha vida, tremi até os ossos, usando as últimas forças para tentar me conectar mentalmente com meu companheiro e meus filhos, apenas para sentir que estavam de férias com Isabella nas montanhas do norte.

Diante da situação, tentei captar um pouco da luz da lua para mim, mas meu corpo já não respondia, minha consciência se apagava…

E, por fim, minha alma de loba se dispersou…

No instante em que ela deixou meu corpo, a última coisa que senti foi o rompimento frio e decidido do nosso vínculo, feito por Ethan.

Então, fechei os olhos com dor, com apenas um desejo: se houvesse uma próxima vida, eu jamais, em hipótese alguma, entregaria minha vida por ele novamente.
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