Luana Dutra
O sol já começava a se pôr quando notei a agitação na área das vacas. Uma delas, a Morena, estava prestes a parir. Apressada, corri até a casa principal para avisar Jonas. Ele estava na varanda, limpando algumas ferramentas.
— Jonas, a Morena está prestes a ter o bezerro! — disse, ofegante.
Ele levantou os olhos, a preocupação evidente no rosto. Deixando tudo de lado, veio na minha direção.
— Vamos, não temos tempo a perder.
Voltamos juntos para o estábulo, onde a Morena estava deitada, claramente em desconforto. O céu alaranjado começava a se transformar em tons de roxo e azul, e a noite se aproximava rapidamente. Senti um arrepio percorrer minha espinha. Não sabia exatamente se era pela situação ou pela presença de Jonas ao meu lado.
— Trouxe as luvas e os equipamentos, Luana? — perguntou ele, enquanto colocava os itens sobre uma mesa improvisada.
— Estão aqui. — respondi, estendendo-lhe um par de luvas.
A Morena soltou um gemido alto. Nunca havia visto um parto de perto