Entre Céu e Liberdade
O sol se ergue com preguiça no horizonte, tingindo o céu com tons de dourado e rosa, como se a natureza estivesse preparando um palco especial só para nós.
Do alpendre da casa principal, observo os campos se estendendo até onde a vista alcança, ondulando com a brisa que dança sobre a relva alta.
O cheiro da terra, o canto dos pássaros e o relinchar suave dos cavalos no estábulo me envolvem como uma sinfonia que conheço de cor.
E ali, com a mão sobre meu ventre já pesado, eu sorrio.
Théo surge atrás de mim, os cabelos ainda bagunçados do sono, os olhos apertados pelo brilho da manhã.
— Você está acordada cedo demais. Ele murmura, se aproximando para me envolver num abraço protetor por trás.
— Dormiu bem?
— Dormi, sim. Respondo, sem tirar os olhos do horizonte.
— Mas sonhei com os cavalos selvagens.
—Estavam correndo livres como se soubessem que algo importante está prestes a acontecer.
Théo fica em silêncio por alguns segundos antes de responder.