Laços e Raízes
DIAS DEPOIS…
A brisa da manhã trazia consigo o cheiro suave da terra molhada e o sussurrar das folhas das mangueiras que ladeavam a trilha principal da fazenda.
Luna caminhava devagar, apoiando-se em Théo, com uma das mãos pousada sobre o ventre já pesado.
Os pássaros cantavam alto e, no curral mais próximo, um dos potros recém-nascidos corria atrás da mãe, em ziguezague brincalhão.
– Está tudo tão em paz. Disse ela, com a voz carregada de ternura.
– Por mais que a guerra lá fora continue, esse lugar é como uma âncora.
– Você é a alma dessa paz, Luna. Respondeu Théo, beijando o alto de sua cabeça.
– E nosso filho vai nascer cercado disso. Dessa verdade que a gente constrói a cada dia, com os pés no barro e o coração cheio de esperança.
Javier os aguardava próximo ao celeiro. Vestia uma camisa xadrez e segurava um balde com ração. O sorriso surgiu imediato ao ver a filha e o genro se aproximarem.
– Dormiram bem?
– Tirando as três idas ao banheiro durante