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O Chamado da Terra

O relincho rompeu o silêncio da manhã como um trovão num dia claro!

Vinha da trilha de eucaliptos que margeava a sede da Fazenda Feitiço do Sol Nascente.

Era forte, urgente. Javier, que revisava as anotações sobre os nascimentos no estábulo, ergueu a cabeça com o coração acelerado.

— Ouviram isso? Ele perguntou, saindo da varanda.

José e Mateus se entreolharam. Maurício já corria até a cerca, os olhos fixos na trilha.

E então o viram:

Um dos cavalos selvagens, o baio de crina prateada, galopava em direção à casa.

Era uma visão inusitada. Eles raramente se aproximavam tanto. Aquilo só podia significar uma coisa.

— Luna! Javier murmurou, largando tudo e correndo até a garagem.

Ele entrou na picape sem nem pensar, girou a chave, e o motor rugiu alto.

O cavalo selvagem parou diante do portão da frente, empinou-se com um relincho agudo, como se estivesse chamando.

Javier buzinou e abriu caminho. O cavalo virou-se rapidamente, trotando pela estrada de te
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