A Celebração dos Silenciosos
O sol da manhã filtrava-se pelas frestas do telhado do celeiro, lançando raios dourados sobre as palhas secas e os animais que despertavam lentamente.
Luna estava sentada na varanda com Amanara nos braços, envolta em uma manta clara bordada por Lupita.
Ela ainda estava fraca, mas sua alma transbordava!
Ao seu lado, Théo descansava com um braço estendido no encosto da cadeira, os olhos fixos na filha, como se ainda não acreditasse que tudo havia acontecido ali, no meio do mato, entre cavalos selvagens e silêncios sagrados.
Javier apareceu com uma bandeja de café, pães e frutas, sorrindo como quem tinha o coração cheio demais para caber no peito.
— Dormiram bem? Ele perguntou com doçura.
— Melhor impossível. Luna respondeu, olhando para Amanara.
— Ela dorme como se tivesse chegado em casa e acho que chegou mesmo.
Javier assentiu, olhando o campo além da cerca.
— Ela nasceu onde nasceu o amor da nossa família por essas terras.
Onde seus pés tocaram pela