Nos corredores do hospital, o constante vai e vem de pessoas não acabava.
Sílvia parou por um momento, se permitindo se sentir um pouco melhor.
Não tendo mais o que dizer a Marcos, com um movimento firme, ela se dirigiu ao banheiro.
Por sorte, o banheiro estava vazio.
Parou ao lado da pia e, erguendo os olhos, observou seu reflexo no espelho.
Lágrimas escorriam dos cantos de seus olhos, borrando a maquiagem e conferindo a ela um aspecto desarrumado.
Silenciosamente, pegou seu estojo de maquiagem e começou a se retocar, depois se apoiou na bancada e fechou os olhos, tentando recobrar as forças.
A ligação de seu avô foi uma surpresa, deixando Sílvia momentaneamente desorientada, antes de se lembrar de que ainda não lhe havia contado sobre a situação.
Baixou o olhar, respirou fundo e, lentamente, atendeu ao telefone.
A voz envelhecida de seu avô, carregada de preocupação, soou:
- Bianca, como vão as coisas?
Ela sentiu como se um espinho estivesse preso em sua garganta, incapaz d