Ela estava sentada no banco do corredor do hospital, pálida, e o celular havia se desligado sem que percebesse.
As palavras de Felipe ecoavam em sua mente, se alternando com a imagem de seu avô deitado na cama do hospital, cercado por tubos.
A garganta de Sílvia se apertava, como se estivesse sendo estrangulada, e respirar parecia exigir um esforço imenso.
Seu rosto, frio e úmido, foi tocado por ela, meio anestesiada, sentindo as lágrimas.
Estava chorando?
Sílvia olhou para a ponta dos dedos úmidos, distraída.
Marcos estava certo; ela realmente se superestimava, pensando que poderia influenciar Felipe, que poderia fazer seu avô melhorar.
Como isso seria possível?
Os ombros de Sílvia desabaram, e seus longos cabelos caíram ao lado do rosto, ocultando sua expressão e visão.
Passos se aproximavam, e uma frieza familiar cortou o aroma de desinfetante, chegando ao nariz de Sílvia.
Ela tremeu ao ouvir a voz fria de Marcos:
- Quer que façam uma cirurgia no seu avô?
A voz de Marcos, desprovida