— Quero dizer, alguém te forçou... — Começa a Mãe.
— O quê? Não, Mãe, claro que não. Por que você diria uma coisa dessas? — Por que ela pensaria isso? Que absurdo.
— Então de quem é... alguém desta matilha?
— Não... — Fechei os olhos. Lá vamos nós.
— Certo, então outra matilha... qual?
— Mãe... podemos não falar sobre isso agora?
— Qual? — A aura de Lua dela me atinge, seu comando é claro... ela não deixaria isso passar sem saber.
Não posso deixá-la descobrir a verdade, então não tenho escolha a não ser manter a mentira... por enquanto.
— Ele não era da nossa espécie.
— Humano? — Ela arfa, recuando um passo. Como se minhas palavras a tivessem ferido.
— Sim.
— Como você pôde ser tão estúpida. — O lobo dela está à flor da pele, seu rosto oscilando entre raiva e confusão.
— Rosa. — Papai aparece ao lado dela num instante, sua mão tentando acalmá-la com um toque. O vínculo de companheirismo entre eles sempre a tranquiliza.
— Não me Rosa, Orfeu. Eu te disse que estávamos sendo muito brandos