— É mesmo? E você… Por que fugiu no seu aniversário de dezoito anos? — Ele perguntou.
— Você conhece a Mamãe… Sempre de olho em tudo. Eu não teria nenhuma chance de… Você sabe… A menos que eu saísse da matilha. — Respondi, dando de ombros.
As sobrancelhas dele se franziram enquanto ele lentamente me servia uma taça de champanhe antes de estendê-la para mim. Hesitei em pegar, sentindo o olhar dele queimar depois das minhas últimas palavras.
— Não… Eu não sei? — Rebateu.
Eu não deveria ter dito aquilo. Provavelmente acabei de fazer com que o barman lá embaixo perdesse o emprego.
— Não importa. — Murmurei.
— Não, conta pra mim… — Ele terminou de servir sua própria taça antes de dar a volta na ilha da cozinha e puxar o banco ao meu lado, sentando-se ali. Mas não antes de brindar sua taça com a minha.
Eu estava desconfortável, sentia o calor da vergonha subindo pelo pescoço e tomando conta do meu rosto.
Eu devia estar vermelha como um tomate.
Aqueles olhos verdes intensos continuavam me enc