Narrado por Viktor Barinov
Eles disseram "felizes para sempre".
Eu digo "até que a morte os separe". E a morte chegou.
A van preta onde estou estacionado vibra discretamente com o ronco do gerador portátil. Ao meu lado, dois homens revisam suas armas. Um terceiro, com binóculo em punho, me passa a confirmação:
— Estão saindo da igreja. Indo pra recepção, como esperado.
Assinto.
— E os homens de Ares?
— Espalhados por toda a rota. Mas nenhum olhou pro alto.
Inclino o rosto para a tela do meu monitor portátil. A câmera de segurança que invadimos dá uma visão nítida da lateral do salão montado. Um espaço aberto, luxuoso, com lustres de cristal, cortinas brancas e mesas decoradas. Um palco. Uma passarela. Uma única entrada principal. Nenhuma escapatória que não passe por nossos olhos.
— E o atirador?
— Já posicionado. Cobertura total do palco e da área da dança.
— Ótimo.
Abro o compartimento secreto da maleta diante de mim. Dentro, uma caixa de veludo negro guarda o último “presente” da n