Ponto de Vista: Bernardo
O silêncio que tomou conta da sala era tão denso que parecia ter peso.
Meu pai não estava gritando.
Não estava furioso.
Não estava quebrando nada, nem assumindo a forma de Alpha supremo.
E isso era o pior.
Porque quando o Rei Alpha Andreas ficava calmo,
era quando ele estava mais perigoso.
Benjamin ficou imóvel ao meu lado, como se estivesse pronto para lutar a qualquer instante.
Alice apertava a camisa dele com tanta força que seus dedos estavam ficando brancos.
Ema, ainda ofegante, ficou atrás de mim instintivamente.
Como se eu fosse um escudo.
Como se ela tivesse entendido — mesmo sem querer — que era minha.
Meu pai deu um passo à frente.
Lento. Calculado.
— Vocês sequestraram humanas. — ele repetiu, como se estivesse saboreando as palavras.
Benjamin respirou fundo.
— Nós encontramos nossas companheiras. — ele disse, firme. — E elas não sentem ainda. Elas não entenderiam se tivéssemos dito. Elas teriam fugido. E…
— E então vocês decidiram tirá-las da vi