Clarck estava inquieto.
A noite parecia especialmente silenciosa, como se o mundo segurasse o fôlego em antecipação a algo terrível. No escritório da grande mansão da alcateia, ele percorria os papéis sobre a mesa, fingindo que estava concentrado em algum relatório financeiro da indústria, mas sua mente estava longe dali.
“Está sentindo isso?”, Dorian falou pela primeira vez em horas, a voz sombria ressoando como um eco na cabeça de Clarck.
— Sentindo o quê? — ele murmurou para si mesmo, embora já soubesse a resposta.
Desde o pôr do sol, algo o incomodava. Um formigamento na nuca, como se olhos invisíveis o observassem. Algo além das fronteiras de seu território parecia estar em movimento, algo perigoso, com certeza. Ser um alfa lhe tinha seus ônus e bônus, e um desses bônus era sentir coisas que outros lobos não sentiam. Seus instintos eram muito mais fortes.
“Um predador. Tem alguma coisa no nosso território… Não é um lobo como nos é… Eu tenho certeza que está perto dela!”
Clarck es