Sob os últimos raios de sol, o quarto de Sarah transformava-se num santuário mágico. Num canto discreto e isolado, ela preparava seu ritual de projeção astral com uma devoção silenciosa e determinada. As paredes, cobertas por tapeçarias antigas e runas que ela havia desenhado em papel e pendurado nas paredes, absorviam a energia que se acumulava no ar. No centro do pequeno altar, cuidadosamente montado sobre uma mesa de madeira rústica, repousavam velas, incensos e uma seleção de ervas escolhidas com esmero.
Quatro velas de cera branca e dourada eram dispostas em um quadrado perfeito. Cada chama tremeluzente refletia não apenas a luz da lua que espreitava pela janela, mas também a esperança e o desejo de Sarah de estabelecer uma conexão além do mundo físico. Ao lado das velas, pequenos saquinhos de tecido continham ervas aromáticas: um punhado de alecrim para clareza mental, folhas de sálvia para purificação, arruda para afastar energias negativas e um toque de manjericão e canela, qu