Narrado por Amália
Eu queria continuar investigando a casa, encontrar qualquer pista sobre o meu passado, mas as mulheres daqui — ou melhor, submissas do Elion — não me deixavam dar um passo sem já estarem atrás de mim. Era sufocante. Estava a um fio de gritar, de enlouquecer.
Já era noite quando as portas da mansão se abriram, e Elion entrou acompanhado de Asael. Ao vê-los, a raiva ferveu no meu peito.
— O que foi? Veio rir da desgraça alheia? — gritei para Asael. — Você pode ser o Don nos quintos dos infernos, Elion, mas eu jamais vou obedecer a você. Se quer respeito, precisa respeitar primeiro!
Eles ficaram ali, parados, apenas me olhando como se eu fosse uma completa louca. O silêncio me enlouquecia ainda mais, como se eu não passasse de um espetáculo para eles.
O silêncio deles só fez minha fúria crescer. Elion ficou ali, com aquele olhar frio, inabalável, enquanto Asael mantinha a expressão impassível, quase cínica. Era como se meus gritos não os atingissem, como se fossem fei