Antes de se tornar Hei, o Caçador Espectral, antes de ser um nome sussurrado com reverência e medo pelos inimigos, ele foi apenas um menino sem nome.
Um garoto de pés leves e olhos atentos, criado na neve e na escuridão.
Ele aprendera desde cedo que o mundo não pertencia aos fortes. Não aos brutos, não aos que gritavam ordens, não aos que se impunham com músculos e arrogância.
O mundo pertencia aos que sabiam esperar.
Aos que observavam.
Aos que atacavam sem serem vistos.
Primeira Lição: Não Seja Visto, Não Seja Pego
Seu primeiro mestre não era um guerreiro. Era um ladrão.
Hei cresceu entre becos e templos abandonados, onde os pobres e esquecidos construíam seus próprios lares.
O homem que o criou não tinha nome — ninguém de verdade tem nome quando se vive nas sombras.
— A primeira regra, garoto. — disse ele certa vez, enquanto caminhavam sob o véu da lua. — O mundo é um tabuleiro. Você quer ser a peça ou o jogador?
Hei, ainda uma criança, franzira a testa.
— O jogador.
O homem riu.
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