Na penumbra que precedia a sangrenta batalha, a aldeia oculta pulsava em silenciosa atividade. Conforme alguns guerreiros afiavam suas armas com óleo de jarina, outros se entregavam a últimos instantes de afeto — mãos entrelaçadas sob mantos de fibra, promessas sussurradas contra peles pintadas de urucum, cada instante de doçura um tesouro roubado aos deuses da guerra.
Sob as estrelas que insistiam em brilhar apesar da ameaça de tempestade, os guerreiros mais experientes executaram o Ritual da Fumaça Silenciosa. Um fogo sagrado crepitou no círculo de pedras, suas chamas consumindo ervas que transformavam o odor humano em névoa da floresta. Um por um, os homens atravessaram a cortina fumegante — seus corpos emergindo do outro lado como sombras vivas, indistinguíveis da mata.
Eles sabiam. Nas entranhas da terra, nos sussurros das folhas, a mensagem ecoara clara: ao primeiro clarão do dia, os melhores de Donaldo avançariam. Não os bêbados e tolos envenenados pelas travessuras do Saci, nã