SAMANTHA VASCONCELOS
Toco a campainha.
Um.
Dois.
Três.
Cinco minutos.
Nada.
Nenhuma movimentação.
Mas que droga. Meu coração vai acabar explodindo! Toco de novo.
Por favor, Dom.
Toco a campainha pela última vez e bato na porta.
— Samantha? — a voz soa atrás de mim.
Me viro rapidamente e ele está ali. Cabelo desgrenhado. Aparentemente sem dormir. Sinto uma mistura de alívio e medo do que está por vir.
Realmente parece que ele teve uma noitada.
— Oi — digo cautelosamente.
Droga, ele parece estar de ressaca.
— Você não perdeu tempo né? — a raiva e o arrependimento tomam conta de mim.
— O que isso quer dizer? — sua voz está rouca.
— Que raiva, Dom! Vim até aqui ver se… se…
Meus olhos se enchem de lágrimas e minha voz fica embargada.
— O que você está dizendo, Samantha? — ele passa por mim e abre a porta. — Entra — ele chama.
— Não quero entrar! — grito.
Ele toma um susto.
— Você ta doida? O que foi? — ele pergunta.
Em seguida vem até mim, me pega no colo, entra comigo em casa e fecha