EDGARD
Dei um sorriso de canto. No fim das contas, era engraçado ver como ela fugia da verdade. Não que eu estivesse gostando, mas ela fazia isso de um jeito tão atrapalhado que me dava uma certa graça. Bom, me aproximei dela de leve e toquei sua mão com os dedos. A vassoura que ela segurava nas costas ficou rígida e ela soltou um som esquisito de surpresa. Coloquei minha mão toda sobre a dela, que estava gelada, peguei a revista para virá-la para cima e olhei nos olhos dela, tentando oferecer algum consolo, caso ela quisesse aceitar.
Ela ficou me encarando por alguns segundos, como se estivesse surpresa com o que eu fiz. Isso me fez pensar que o ex dela era um baita estraga prazeres. Ela balançou a cabeça devagar, como se estivesse tentando tirar uma ideia boba da cabeça e me disse baixinho, para a senhora Brandon não perceber:
— Desculpa.
Olhei bem para ela e me aproximei um pouco mais, com calma, sem querer assustá-la, e falei quase no mesmo tom de voz dela.
— Acho que vamos ter qu