MARIANNE
Quando anunciaram o embarque, levantei-me. Mas, contradizendo o que eu queria, permaneci perto de Edgar. Ele pareceu gostar, talvez achando que sua lição tinha surtido efeito. E, em certo sentido, tinha mesmo, embora por um motivo diferente: o beijo. Um beijo tão puro quanto os que eu trocava com Michael, mas ele sempre queria mais, e eu, covardemente, me afastava. Se antes minha curiosidade era pouca, agora era enorme. Não sei por que me deu essa pressa em acabar logo com a tal virgindade, o quase motivo pelo qual Michael me deixou. Se eu me desinibisse, teria um namorado que me amasse. Se eu me tornasse uma expert no sexo, prenderia um homem para sempre. Sim…
— Espere um pouco! — Será que minha mente puritana e tola pensou isso mesmo? Era eu quem estava tendo esses pensamentos? Olhei para o homem ao meu lado. Dele emanava um poder sexual do qual nunca tinha tomado conhecimento, talvez porque Michael não o tivesse. Michael… O maldito… Ele tinha me prejudicado.
Queria acredit