Capítulo 04

༺ Diogo Scott ༻

Desço do carro e sigo direto para minha sala. Todos me recebem com sorrisos exagerados e desejos de bom dia. Reviro os olhos e penso: "Bando de bajuladores e puxa-sacos."

Entro no elevador e aperto o botão do último andar. No quarto, ele para, e uma mulher loira entra. Aparentemente linda, mas completamente perdida. Acompanho seus movimentos discretamente. Ela aperta os dedos de nervosismo, olhando de um lado para o outro, como se estivesse prestes a desmaiar.

— Pelos céus, moça! O que está acontecendo com você? Vai cair dura aqui mesmo de tão nervosa que está?

Ela me encara, sem jeito, e responde:

— Oh, me desculpe! É que... hoje é meu primeiro dia. Sou a nova assistente do senhor Diogo Scott.

Suspiro. Era só o que me faltava: uma desastrada. Quando o elevador chega ao meu andar, viro-me para ela e digo sem qualquer paciência:

— Espero que da próxima vez você não ouse se atrasar ou chegar depois de mim. Caso contrário, estará demitida.

Saio, deixando minha nova assistente plantada no elevador, com cara de completa idiota. Odeio funcionários incompetentes. E ela já está me parecendo uma bela dor de cabeça.

Entro na minha sala, abro meu notebook e começo a checar os e-mails. Respondo alguns, ignoro outros. Pego o telefone e peço um café. Alguns minutos depois, a loirinha b**e na porta e aparece com a xícara nas mãos.

— Seu Scott, aqui está seu café!

Me afasto discretamente, por precaução. Vai que ela me queima. Pego a xícara e dou o primeiro gole, observando-a com a agenda na mão, parada.

— Quer perguntar alguma coisa ou tá me encarando por esporte? Estou ocupado...

Ela abre a agenda e responde:

— Nada demais. Só queria saber se o senhor deseja que eu anote algo importante... ou se devo desmarcar alguma reunião?

Consulto minha própria agenda no notebook e respondo, direto:

— Verifique como andam os preparativos para a festa da empresa em Los Angeles. Ligue para os convidados e confirme a presença. Só isso. Pode sair.

Ela sorri, de forma educada, e sai da sala.

Volto ao trabalho, mas não dura muito. Meu sócio, Samuel, invade o escritório rindo alto como sempre.

— Nossa! Quem é a gracinha lá fora? — ele pergunta, olhando diretamente para minha secretária pela porta entreaberta.

Passo a mão na barba e respondo, sem paciência:

— Minha nova secretária. Por quê? Já tá de olho nela?

Ele solta aquele sorriso canalha, passa a língua nos lábios, e diz:

— Nossa, ela é gostosinha... sabe se é solteira? Tem namorado?

Ele continua babando na garota, que nem nota o olhar predador sobre ela.

— Eu não sei. Não fico perguntando da vida dos meus funcionários. Deixa minha secretária em paz. Conhecendo você, sei bem onde isso vai dar.

Samuel revira os olhos e se j**a na cadeira à minha frente.

— Ah, para, Diogo. Diferente de você, eu adoro uma boa aventura. E a sua assistente... é a minha próxima missão.

— Você realmente não presta! — corto ele, tentando mudar de assunto.

Mas ele ri e continua:

— E a festa de lançamento, está tudo certo? Espero que não tenhamos imprevistos dessa vez.

Antes que eu responda, Juliana entra novamente.

— Com licença, senhor Scott. Só vim avisar que está tudo muito bem organizado para a festa. A maioria dos convidados já confirmou presença.

Samuel observa a loira de cima a baixo, e eu tiro meus óculos, dizendo:

— Obrigado, Juliana. Você já pode voltar às suas funções. Enviei umas planilhas, dê uma olhada nelas.

Ela concorda com a cabeça e sai, sem nem dar atenção ao olhar nojento do Samuel.

Ele assobia, se levantando:

— Que mulher, hein... Loirinha linda. Preciso sair com ela. Tentarei fazer amizade. Já volto!

Reviro os olhos, frustrado com a imaturidade do meu sócio. Volto ao meu notebook, tentando concentrar-me.

No final do expediente, pego minha pasta e saio da sala. Vejo Juliana arrumando suas coisas para ir embora. Entro no elevador e desço direto para a garagem.

Esses dias têm sido um inferno. O estresse do trabalho... E os pensamentos voltando nela.

Aquela maldita desgraçada que destruiu minha vida.

Já se passaram anos, mas ainda assim... não consigo tirá-la da cabeça. Tudo o que ela fez... me marcou de um jeito que ninguém imagina.

Paro no sinal. É então que vejo.

Uma mulher linda atravessando a calçada. Pele branca, cabelos ruivos escuros, sorriso angelical.

Ela ri ao telefone, com uma leveza... uma paz no olhar que me desconcerta por completo.

Nunca vi alguém transmitir tanta luz num simples sorriso. E, por um momento, tudo some. Só existe ela.

Sou despertado pela buzina atrás de mim. Volto à realidade e olho novamente. Mas ela... sumiu.

Que mulher era essa? Será que vou vê-la outra vez?

Ligo o carro e sigo até meu apartamento. Mas não consigo tirá-la da cabeça.

Tão linda… quero essa mulher para mim. Preciso saber quem ela é. Onde mora. Como se chama.

O celular começa a tocar. Ellen.

Essa mulher não desiste nunca. Já a humilhei de todas as formas, e ela insiste. Deixo tocar até cair a ligação.

Que vá para o inferno. Não quero ver essa desequilibrada na minha frente nunca mais.

Caminho até o bar, sirvo-me de um uísque e volto a pensar na mulher da calçada. Ela parecia tão feliz... Tão radiante.

Provavelmente estava falando com o namorado. Ou uma amiga. Mas não importa.

Eu preciso descobrir quem ela é. Nunca senti isso por ninguém.

Termino o uísque, coloco o copo sobre a mesa e sigo para o quarto. Tiro a roupa, entro no banheiro. Preciso esfriar a cabeça.

Alguns minutos depois, saio, me enxugo, visto uma calça de moletom. Quando a campainha começa a tocar insistentemente.

Olho pelo olho mágico.

Ellen.

Bufo alto. Essa mulher é doente. Abro a porta e a encaro com sarcasmo.

— O que você quer aqui? Você não tem um pingo de vergonha na cara, né? Incrível!

Ela se j**a aos meus pés, teatral:

— Diogo, eu te amo… não me deixa! Por favor!

Dou um passo para trás, enojado.

— Para com isso! Que papelão. Saia da minha casa agora!

— Eu não posso! Você é meu vício. Eu preciso de você… preciso te sentir dentro de mim.

Ela me empurra, fecha a porta e me j**a no sofá.

Antes que eu possa reagir, começa a massagear meu pau. Não consigo evitar. Meu corpo responde. Ela sorri, maliciosa:

— Tá vendo? Eu sei que você me quer.

Vou falar algo, mas ela já se senta sobre mim, empurra a calcinha para o lado e cavalga com luxúria.

Eu deveria impedi-la. Mas não resisto.

Hoje, ela vai ficar. Só hoje.

Porque amanhã, eu coloco essa mulher pra fora a pontapés.

Já tenho outra na mente. Aquela ruiva misteriosa.

E Ellen... vai virar passado.

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