— ... Malú, precisamos conversar.
Ela ouviu Dante enquanto estava deitada em seus braços, ainda se recuperando do sexo maravilhoso que haviam feito. Em sua cabeça se passavam milhares de pensamentos, tudo que havia acontecido, a inquietava, o incêndio, e a forma que tivera perdido tudo. Mas aquelas palavras tão sinceras de Dante lhe causaram um arrepio, não eram frias e duras, ao contrário, ele parecia desejar dizer algo que fez a voz sair trêmula, aquilo não era típico de Dante. Ela se ajeitou, cobrindo o corpo ainda nú pelo lençol, e se virou, ficando de frente para ele.
Dante a analisava de uma forma estranha, parecia lutar contra algo interno. Estava visível que ele não era mais o mesmo Dante que ela havia conhecido, tinha se transformado de alguma forma, não estava completamente explícito, mas o suficiente para que ela notasse, e gostava daquela versão, porém, também estava nítido que aquilo o incomodava. Talvez se sentisse vulnerável e não estivesse acostumado a isso.
— Sim, pod