O silêncio entre nós era quase ensurdecedor.
Caelum ainda segurava meu rosto, seus dedos roçando levemente minha pele, e o calor de seu toque parecia incendiar algo dentro de mim. Meu coração batia contra minhas costelas com força, e minha respiração estava acelerada. Eu via a luta interna em seus olhos — o Alfa rígido e responsável versus o homem que talvez desejasse mais do que o destino lhe permitia.
Ele afastou a mão devagar, como se o simples contato fosse perigoso demais. Seus olhos, um abismo de emoções contidas, mantinham-se fixos nos meus. Eu não me movi. Não poderia, mesmo que quisesse. Algo maior que nós dois nos mantinha presos ali, naquela tensão carregada, naquele momento que parecia eterno.
— Isadora... — ele murmurou, e o som do meu nome saindo de seus lábios me fez estremecer.
— Me mostre, Caelum — repeti, minha voz apenas um fio de som. Eu sabia que ele estava prestes a tomar uma decisão, uma da qual não poderíamos voltar atrás.
Seus olhos escureceram, a respira