41| O julgamento, parte 2.
Clarissa sentiu que estava com falta de ar, tanto que sua visão ficou turva. Seu advogado se virou para olhar para ela, mas ela não encontrou o olhar dele. Franco continuou com o jornal no ar.
—Explique—se, advogado Quiroz—, pediu o juiz e o homem olhou para Clarissa por um momento e ela entendeu tudo naquele olhar. Eu já tinha perdido.
—Senhora juíza, este jornal saiu há alguns meses como um anúncio anônimo, e dois dias depois meu cliente encontra um homem que nunca tinha visto na vida e que supostamente é noivo do réu.
Clarissa cerrou o punho onde estava o anel que Emanuel ou Emilio lhe deram, ela não sabia mais como deveria se referir a isso nem em sua mente. Ele olhou para o anel com o diamante falso e o nó na barriga ficou maior.
— Por isso quero chamar a acusada para depor, meritíssimo — continuou ele com franqueza — vamos ver o que ela tem a dizer.
— Objeção — gritou o advogado de Clarissa — se o jornal enviou uma declaração anônima, como você sabe que foi meu cliente quem mand