Capítulo Dez

O mundo era cheio de coisas assustadoras, disso eu sabia. Beladonas lindas que matavam, animais ferozes que habitavam as florestas, homens fardados que atiravam em inocentes. Eu havia sentido esse tipo de ansiedade muitas vezes, uma mistura de curiosidade e incerteza.

O garoto pronunciou meu nome em tom de dúvida: sua voz era a mesma, mas soava diferente agora que não estava apenas na minha cabeça.

Nenhum de nós ousou dar o primeiro passo.

Até então, Benjamin era apenas uma ideia, uma espécie de entidade fantástica. Parecia que eu jamais o imaginara como uma pessoa de verdade; parte de mim vinha tratando-o como um ser distante e inalcançável.

Benjamin tinha aquela aparência de quem pertencia ao Núcleo. Uma mandíbula larga, pele que parecia resplandecer, olhos que brilhavam num azul impenetrável e escuro como safira; suas bochechas eram demarcadas por aquelas c

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