Encontro ela na floresta.
Ah, que dia lindo! Só de abrir os olhos sinto o ar frio da manhã e percebo o sol atravessando as cortinas do meu quarto. Dá para notar que acordei de bom humor; é impossível esconder isso quando minha mente volta direto para Helena e para o beijo que dei nela. O gosto dela ainda está preso nos meus lábios como uma lembrança perigosa. Será que foi o primeiro beijo dela? Parecia tão inexperiente, tão cuidadosa… mas, mesmo com aquela hesitação tímida, foi o melhor beijo que já dei em toda a minha vida. Um beijo que me queimou por dentro e por fora, como se tivesse marcado um território invisível em mim.
Vocês podem estar pensando: “Theo, você já namorou muito?”. Não. Eu nunca fui de brincar com sentimentos. Dei alguns beijos, uns amassos rápidos, mas nada mais sério. Sempre me guardei para a minha companheira, para aquela que a Deusa Luna escolhesse para mim. Sempre achei que aceitaria qualquer companheira que Ela me desse — até Helena aparecer. E, quando ela surgiu, eu a rejeitei, mesmo